Na vida, estamos sempre propensos à conhecer novas coisas, porém, algumas dessas coisas só entram em nossas vidas se desapegarmos das velhas que nos prendiam. Lembra quando você era criança e sua mãe dizia pra você doar seus velhos brinquedos para ganhar novos? Essa lei se repete até hoje. Para recebermos certas novas coisas, devemos nos desprender das antigas. Pra um novo amor, deve-se desprender de um velho. Pra um novo emprego, deve-se desprender de um velho... E por aí em diante.
Mas algumas vezes damos uma importância exagerada a certas coisas e elas se tornam muito mais significantes para nós do que realmente são ou deveriam ser. E elas apenas nos usurpam, nos desgastam, não nos trazem coisas novas e nos fazem perder as incontáveis coisas boas existentes no mundo que estão apenas nos esperando desapegar das velhas para recebe las.
Eu sempre fui do tipo que evitava a todo custo se apegar à qualquer coisa, e tentava desapegar com facilidade também... Mas algumas coisas -ou pessoas- que, honestamente, foram completamente desnecessárias, eu me apeguei tão intensamente que as dei uma importância além do merecido -e necessário-, e isso me tornou quase incapaz de desapegar delas, e com isso, perdi incontáveis novidades boas, principalmente com medo de perder. Mas juro pra você que no momento -inesquecível- que você desapega e esquece, as coisas boas (que são muitas) entram na sua vida e você fica a se questionando porquê demorou tanto pra desapegar, ou simplesmente porquê se apegou a algo tão... insignificante.
O mundo, com seus 7 bilhões de pessoas e infinitas coisas novas para nós experimentarmos, apenas nos mostra, a cada instante, que bem melhor é ter uma vida de acordo com aquela frase do Fernando Pessoa "tudo me interessa e nada me prende".
Interesse-se por tudo, viva tudo, prenda-se à nada.
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